Alba-lux
quarta-feira, 9 de março de 2016
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
English Literature: Elizabethan Age
English Literature: Elizabethan Age: The publication of Spenser’s Shepherd Calendar in 1579 as marking the opening of the golden age of Elizabethan age.”—Hudson . The ...
sábado, 11 de julho de 2015
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Alba-lux: Alba-lux: CrônicaanunciadaAmaliaGrimaldi Por muit...: Alba-lux: Crônicaanunciada AmaliaGrimaldi Por muitos ano... : Crônica anunciada Amalia Grimaldi Por muitos anos guar...
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Alba-lux: CrônicaanunciadaAmaliaGrimaldi Por muitos ano...
Alba-lux:
Crônicaanunciada
AmaliaGrimaldi
Por muitos ano...: Crônica anunciada Amalia Grimaldi Por muitos anos guardei livros e revistas. Cartas, vidros de perfume, conchas e pedra...
Crônicaanunciada
AmaliaGrimaldi
Por muitos ano...: Crônica anunciada Amalia Grimaldi Por muitos anos guardei livros e revistas. Cartas, vidros de perfume, conchas e pedra...
sábado, 27 de junho de 2015
Eu vi a luz do subúrbio
longe
Amalia Grimaldi
Colinas e ladeiras. Escarpadas e
balaustradas. Mirante oportuno. Visão
que emancipa. Fascinante baía azul! Desvio de luzes. Sombras oportunas. Alegria
de poucos. Privilégio de tantos outros. Oh, delícia perecível! Ah, meus doces sorvetes de verão! O belvedere aqui
é encosto de fé. Em estado de graça veem-se namorados ao amparo. E, o incerto
por vir. Na dormência latente de meus arranhados cotovelos, sei que sou, apenas
um dócil participante. Eu vejo tudo, imagino coisas; o afoxé
ritmado dos Filhos de Ghandi, cortando caminho com a procissão do Senhor
Morto, na estreiteza da Rua da Miseridórdia. Deliro no eventual conflito. Breve
silogismo de amargura.
Praça Tomé de Souza... Revoada de pombos... E
a vista! A brisa do mar da baía azul é seguro conforto de horas quentes lavadas
ao suor da fronde. O Elevador Lacerda, e a praça, e nas paredes descascadas,
vejo quão elaborada é a escrita do tempo. O palácio resiste na lembrança de
antigos faustos. Musgos e samambaias, no culto da melancolia, escrevem o
breviário dessa temporal composição. A cidade cresce. Transborda em suas bordas
suburbanas. Edema de suas muitas patologias incuráveis, nem o sincretismo
religioso parece ser suficiente antídoto. Ruas apertadas. Tráfego lento,
emperrado. Construções por todo lado. A cidade cresce. Vejo-a rasgar-se aqui e
acolá. Na tragicidade conivente do desigual, o bem e o mal, a vida e o fardo,
essa eterna culpa, que no delírio do conflito nos levam ao dedilhado contido,
estado de degradação indisfarçável; histerismo libertador. Benza Deus!
Quitandas e vendas, vendedores e
passantes. Atadas vassouras; almas desfiguradas. Becos e vielas, socavãos impenetráveis.Vago
tédio de minhas tardes quentes. Ah, lá está o mar, catarse de meus dias lilases.
Fascinante baía azul, de todos e um pouco minha. Divido-a com todos os santos.
Passo, volto e recuo. Junto ciscos n’alma. Retorno ao berço da narrativa
intrínseca. Juntar-me-ei ao canto de outras vozes. Canção desse meu tempo, oração
desencontrada.
Crônica
anunciada
Amalia
Grimaldi
Por muitos anos guardei livros e
revistas. Cartas, vidros de perfume, conchas e pedras. Resquícios de sentidos
essenciais, cuja cognição, não queria perder no tempo. Traçando linhas de
sobrevivência através de elos emocionais entre a distante “Terra Australis”que
um dia me acolheu como legítima cidadã e a emocional “Terra Brasilis”em cujo
útero fui gerada.
No entao tranquilo Taquary, enseada do
paradisíaco vilarejo de pescadores, o cobiçado Guaibim, na azul costa sul da
Bahia, vivia um tanto recolhida no interior da minha concha, e confesso que me
perdi um pouco na história do tempo presente. À sombra de coqueiros que plantei
nesse meu pedaço à beira do mar, eis que de repente passaram-se doze anos. E
assim, entre devaneios marinhos e fantasias sedutoras, não percebi os sinais e de
que a hora de voltar estaria chegando. Pois é, meus amigos leitores, estou de
volta à minha segunda pátria – Austrália! De repente, o que guardado foi,
vínculo de um passado estimado, começou a se desbotar, e foi perdendo a
importância pragmática ante a urgência do momento rumo a um tempo de
acontecimentos inexoráveis, que então chegou: “Vende-se esta casa, o carro e o cachorro...”
Limoeiros em flor... Antúrios
vermelhos... As plantas no pátio... Ah, e as vacas desbotadas! quanto a vista
do mar, o cachorro entao, ficou nessa
paisagem, apenas parte de uma agonia transicional. Oliver ora descansa sob o pé
da acácia e que desde então botou flores como nunca antes. Já Argus, também um
Pastor Belga (meu segundo cão), ficou sob os cuidados do belo Ivan, “o rapaz do
cavalo”aí no Guaibim.
Despojamento doloroso. Desço ao vazio
niilístico do meu ser. O futuro foi chegando, já mergulhava nas águas turvas e
profundas dos medos e da ansiedade. Enfim, ancoragem justificadora:
juntar-me-ia ao pedaço distante da minha família - filha, genro e netas. E aqui
estou. Família crescendo, logo chegará o terceiro neto.
A viagem, e o bom-destino. Sinal de
ordenamento. Libélulas em suas asas transparentes predizem insurgências.
Mimetizando desejos escondidos chegou o tempo dos ventos, e com este inesperados
pensamentos. Impulsos utópicos: já via passar o branco alazão e seu cavaleiro
romano levando a galope a jovem bailarina em seu tutu rosado. Chegou o tempo da
partida. Mudança de rumos, transcendência de conflitos. De repente, as pedras
do caminho se desnudaram de seus limos.
Silêncios quebrados são vozes na
região da noite. Confiscam a autonomia de meus pensamentos. Fixar, ou definir?
O tempo é imutável.
A casa e a varanda, o mar e os coqueiros, e nessa paisagem
o negro cão: universo compartilhado. E, no verde musgo que aí vingou forte,
samambaias ao aceno. Morrem as sombras de tardes distantes,
mas a parede dessa casa, morna, ainda vive em mim.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Fluid tension of modern fiction
Photo composition A. Grimaldi 2012 |
"Fluid tension of modern fiction… Tied up drawers, corners and alcoves, return to the bin what is governed by the ‘rule of law’, the whole mess visible that irritates, and all the things that annoy; pinned my soul.
There will be a day when I pretend cleaning
shelves and just dust off the postponed powder, useless at that moment. How about clothes that we don't wear anymore?
Old shoe? If doesn’t fit on my foot is
because no more follows the footsteps of its moment. Isn't that right? So, in
that way, I must order my thoughts. But, in this arrangement comes a creeping
doubt: ` I always find a little thing or another, `That thing might will serve
in the future`. "I wonder if I will still use"?! But in fact, deep
down the soul, I know that satisfaction from the past no longer will serve into
the present.
Timely cleanup Saturdays, those, I return to the misunderstanding of
this modern fiction… The drawer is me, the movable color of the season. Sometimes,
lost in the bin of many brackets, I find myself hermit, pensively in distant
cave. I recognize my echo in the clutter of many belongings, which were useful
to me one day…”
Melbourne, 2015
Amalia Grimaldi
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